Precisamos falar sobre mobilidade urbana. Este é um tema que está presente diariamente na vida de todos nós que andamos de ônibus, carro, bicicleta, a pé, trem, metrô, barcas. Quem aqui sofre com intermináveis congestionamentos? E perde horas e horas do seu dia preso no trânsito?
Dados último Censo apontam que a Região Metropolitana do Rio de Janeiro tem o maior tempo médio de deslocamento de casa ao trabalho. Isso impacta diretamente, por exemplo, no mercado de trabalho.
O Estado do Rio precisa voltar sua atenção para este tema e rever suas ações. Temos um sistema ferroviário quebrado e muitas estações sob controle do tráfico e da milícia; um transporte aquaviário prestes a passar por uma nova concessão; e um sistema de ônibus que precisa, urgentemente, ser revisto.
É preciso que gestores tenham a mesma coragem do prefeito do Rio, Eduardo Paes, que tem buscado soluções para o problema do BRT e tirá-lo da crise. Mas enfrentar a máfia do transporte público requer coragem e vontade. E sei bem do que estou falando.
Em 2013, assim que assumi meu primeiro mandato de vereador, presidi a CPI dos Ônibus. Foram meses colhendo depoimentos, ouvindo empresários do setor, gestores públicos. Alguns, tempos depois, foram parar atrás das grades. Como eu digo, abrimos a caixa-preta do transporte público municipal.
Mobilidade urbana é um grande desafio e deve ser pensada também para melhor qualidade de vida, mais oportunidades de emprego e renda e respeito ao meio ambiente.