19 de março de 2020. Niterói amanhece fechada. Um decreto da prefeitura ordena que bares, restaurantes, shoppings, comércio de rua, quiosques, praias fiquem fechados por 19 dias. Neste dia, saí de casa para participar de uma reunião com vereadores e o então prefeito para debater medidas de enfrentamento do coronavírus. Até ali, achávamos que, em pouco tempo, tudo seria reaberto e as aulas, paralisadas dias antes, voltariam a acontecer presencialmente.
Um ano depois, vivemos num mundo em que, diariamente, as manchetes continuam sendo dominadas pelo coronavírus. Há um ano, a pandemia tem sido presente em nossas vidas e, com certeza, vai mudar o curso da humanidade. Não seremos mais os mesmos depois de tudo isso que estamos vivendo. Sem dúvida, 2020 foi o ano mais desafiador das últimas gerações.
O enfrentamento à doença tem sido muito difícil, foi descoordenado e isso foi um dos maiores problema do país. Não houve uma organização central do que deveria ser feito. Resultado? Quase 300 mil mortos no Brasil, com média diária de mortes sendo superada dia após dia. Perdemos muito tempo discutindo se o mais importante a preservar eram vidas, a saúde ou a economia, quando, na verdade, esses temas não podem ser desassociados. Podemos, sim, manter a saúde, a vida e os empregos.
Nossa economia foi fortemente abalada, com altos índices de desemprego, inflação, fechamento de empresas, preços nas alturas, dinheiro não dando para comprar nada. E um dos principais erros do estado brasileiro – e aqui incluo os governos federal, estadual e municipal – foi não ter trabalhado a questão tributária. Niterói poderia, por exemplo, ter isentado do IPTU os comércios que ficaram durante tanto tempo fechados.
Do ponto de vista psicológico, os impactos também foram grandes com o distanciamento e a perda de pessoas queridas, a falta de contato social.
Não há dúvida de que a única solução possível é a vacina! Precisamos vacinar e organizar o processo de imunização. Mas enquanto todos não são vacinados, precisamos continuar respeitando todos os protocolos de segurança e higiene. E, claro, seguindo as restrições e o distanciamento social. Que venha logo a vacina, que os brasileiros se vacinem e que a gente consiga ter um futuro melhor.