No dia 13 deste mês, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF) homologou o acordo de colaboração premiada do marqueteiro Renato Pereira, que cita o prefeito de Niterói e outros agentes públicos da cidade. Com essa decisão, os depoimentos de Pereira poderão levar à abertura de investigações formais.
O marqueteiro é um dos sócios da Prole. A empresa é uma velha conhecida em Niterói. Até pouco tempo, detinha a conta publicitária da prefeitura em contratos que somam mais de R$ 60 milhões. Pereira também atuou na campanha eleitoral do atual prefeito de Niterói.
Os contratos da Prole com a Prefeitura de Niterói sempre foram criticados pelo vereador Bruno Lessa – do PSDB. Em sua mais recente atuação, o parlamentar propôs uma ação popular pedindo a condenação do prefeito por improbidade administrativa e o ressarcimento aos cofres públicos dos milhões gastos pela prefeitura com a Prole. O prefeito e a empresa viraram réus nesse caso e aguardam a decisão da justiça.
“Com a homologação, podemos acreditar que, finalmente, vamos descobrir quais relações eram mantidas entre a prefeitura e a Prole. Foram milhões do dinheiro público gastos em inúmeros aditivos, sem justificativas. Um verdadeiro absurdo”, disse Lessa.
